Novo analisador de cloro torna controle da água mais eficiente e econômico

O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) instalou um novo analisador de cloro livre – equipamento utilizado no processo de tratamento –, que torna mais moderna a fase de leitura e análise da água no laboratório responsável pelo controle da qualidade, e ainda gera economia. O aparelho utiliza o método amperométrico, que dispensa o emprego de reagentes na medição da correta dosagem de cloro, substância essencial para a potabilidade da água.

“A aquisição foi realizada para substituir um equipamento antigo que utilizava reagentes importados para a realização de análises, o que encarecia a sua utilização e manutenção”, explica o encarregado de Controle de Qualidade do Tratamento de Água, Ivan Santos de Jesus.

O investimento, de R$ 17 mil, proporcionará uma economia de aproximadamente R$ 13 mil por ano, que era o custo dos reagentes empregados no processo com o equipamento antigo. Ou seja, em pouco mais de um ano, a redução de despesas já será maior que o valor pago no novo analisador.

“Lembrando que o acompanhamento deste parâmetro, cloro residual livre, é fundamental para garantir a total desinfecção da rede de distribuição, evitando possíveis contaminações microbiológicas”, completa o encarregado.

A água distribuída à população de Mogi das Cruzes passa diariamente por rigorosos testes e análises de qualidade. Em 2022, a autarquia ampliou o número de pontos de coleta de amostras, que passaram de cerca de 250 para 287 endereços cadastrados, o que resulta em aproximadamente 400 coletas mensais.

Somadas as análises feitas em laboratórios, nas estações de tratamento e redes de distribuição, são quase 25,9 mil procedimentos, todos os meses.

O aumento dos pontos de coletas foi possível com a inserção de creches, escolas e inclusão de mais unidades básicas de saúde e hospitais na lista de endereços.

O Semae (assim como outras companhias de saneamento do País) segue os parâmetros da Portaria 888/2021, do Ministério da Saúde, que define os procedimentos de garantia da qualidade da água para o consumo humano. Publicada em 2021, a norma regulamentadora tornou o processo de controle ainda mais rigoroso ao estabelecer mais parâmetros para análise, como os agrotóxicos, por exemplo.

As análises são feitas nas Estações de Tratamento do Centro (12,5 mil por mês), Leste (8,5 mil) e dos núcleos urbanos isolados (2 mil). As duas primeiras unidades são responsáveis pela maior parte da água consumida pela população da cidade.

Na rede de distribuição, os testes são realizados pela coleta de amostras nos imóveis das áreas abastecidas pela ETA Centro (1,6 mil análises mensais, incluindo a rede que distribui água por meio do reservatório da Sabesp, em Braz Cubas), ETA Leste (580) e núcleos isolados (720).