Semae Mogi das Cruzes amplia em 21% a limpeza de redes de esgoto e orienta uso correto do sistema
09 dez 2025
Semae faz sucção de detritos acumulados na rede e jateamento com água sob pressão, no interior da tubulação (Divulgação/Semae)
De janeiro a novembro de 2025, o Semae Mogi das Cruzes efetuou a limpeza de 230 quilômetros de redes de esgoto, de forma preventiva ou para manutenção, o que representa um aumento de 21% nesse tipo de serviço. O resultado é em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a autarquia limpou uma extensão de 190 quilômetros de tubulações de esgotamento. Mas para garantir o bom funcionamento do sistema, o Semae também reitera a orientação aos moradores para o uso correto da rede.
O chefe da Divisão de Manutenção de Redes de Esgoto da autarquia, Rafael Regueiro, explica que esses 40 quilômetros a mais de tubulações limpas representam, na prática, cerca de 400 ordens de serviços a mais. “O aumento das lavagens de rede reduziu em 3% o número de reclamações de vazamento de esgoto, para o mesmo período, ou cerca de 200 reclamações a menos”, afirma Regueiro.
Uso correto da rede
Com a proximidade das chuvas de verão, o Semae novamente reforça as orientações aos mmoradores para o uso correto da rede e a necessária separação dos sistemas de drenagem de águas pluviais e de esgotamento nas residências.
Essas tubulações que partem das calhas e dos ralos do quintal, nos imóveis, não podem ser ligadas no esgoto. O correto é que conduzam a água da chuva para as guias nas ruas, de onde segue para as bocas de lobo e galerias e, na sequência, até os córregos e rios.
De acordo com o Departamento de Operações do Sistema de Esgotamento Sanitário, setor da autarquia responsável pela rede e estações de esgoto, o aumento de chamados para reparos nas tubulações em época de chuva causa transtornos para os moradores e também para o Semae, pois demanda um volume maior de manutenção e deslocamento de equipes, ampliando o tempo de resposta e os custos operacionais.
O aumento das chuvas eleva ainda a necessidade de manutenção devido ao acúmulo de terra que é levada pelas ligações irregulares de águas pluviais para dentro das tubulações de esgotamento sanitário.
Misturar as redes pode ocasionar ainda vazamentos em tampões de rede de esgoto – visíveis nas ruas e avenidas após dias chuvosos.
Outro tipo de ocorrência comum é o retorno de esgoto para dentro das casas: isso acontece porque o volume de chuva que chega às tubulações de esgotamento é muito grande, superando a capacidade de vazão do sistema de esgoto e voltando para dentro das residências, causando transtornos aos moradores.
Materiais sólidos
Outro problema muito recorrente é o lançamento de materiais sólidos no sistema de esgoto. É comum as equipes responsáveis pela manutenção retirarem das tubulações vários detritos como gordura solidificada, preservativos, fraldas, lenços umedecidos, pedaços de pano e excesso de papel higiênico, por exemplo. São materiais que jamais poderiam estar na tubulação de esgoto.
O resultado também são entupimentos, vazamentos, retorno de esgoto para dentro dos imóveis, erosões e mau cheiro nas ruas e bloqueios no trânsito para os serviços de reparo, além de despesas para a autarquia devido ao deslocamento de funcionários e equipamentos.
O mau uso da rede também afeta e demanda reparos nas estações elevatórias e cestos de gradeamento (estruturas que bloqueiam a passagem do material sólido nas unidades de bombeamento e de tratamento).
Nas ações de reparo, são utilizados os caminhões combinados da autarquia, que fazem a sucção dos detritos acumulados na rede e o jateamento com água sob pressão, no interior dos canos.
Esta solução é apenas emergencial. Para resolver o problema de forma definitiva é necessário que os responsáveis pelos imóveis verifiquem o correto escoamento de água de chuva e não joguem lixo no vaso sanitário.

