Semae faz limpeza preventiva em estações elevatórias de esgoto
10 ago 2021
O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) realiza a limpeza preventiva nas estações elevatórias de esgoto da cidade. Recentemente, o serviço foi feito nas unidades do Conjunto Cocuera e Cezar de Souza 4 – Sistema Leste. Neste trabalho, as equipes utilizam caminhão hidrojato – equipamento que faz o jateamento de água sob pressão.
As estações elevatórias são estruturas importantes dentro do sistema de esgotamento sanitário. Elas fazem o bombeamento de esgoto de redes profundas para um nível mais alto e, depois, envia os efluentes para uma estação de tratamento.
“A limpeza é importante para garantir a eficiência dos equipamentos ao eliminar o excesso de resíduos”, explica Rafael Regueiro, do Departamento de Operações dos Sistemas de Esgotamento Sanitário da autarquia. Os resíduos que vão parar nas estações são, muitas vezes, resultado do mau uso do sistema de esgotamento – é comum as equipes do Semae responsáveis pela manutenção retirarem das tubulações de esgoto vários detritos como pedras, pedaços de madeira e de colchão, por exemplo.
A rede de esgoto é um sistema projetado para funcionar com pouca manutenção. O sistema recebe o que sai do banheiro, tanque, máquina de lavar roupas e pias, e foi projetado para receber, no máximo, 5% de material sólido.
Por isso, algumas medidas ajudam a preservar a tubulação e previnem a ocorrência de problemas. Uma delas é evitar o lançamento de gordura (que se solidifica na rede) e resíduos como papel higiênico, fraldas, absorventes, pontas de cigarro, fio dental, plásticos e preservativos no vaso sanitário.
São materiais que jamais poderiam estar na tubulação de esgoto. E quando são lançados irregularmente, os resultados podem ser entupimentos e vazamentos que geram transtornos para a população, como retorno de esgoto para dentro dos imóveis, mau cheiro nas ruas e bloqueios no trânsito para os serviços de reparo, além de despesas para o Semae devido ao deslocamento de funcionários e equipamentos, e também aumento dos custos de operação.
“Outro problema recorrente é o lançamento de água de chuva no sistema de esgoto, porque a água da chuva carrega também terra, areia e pedras, o que pode provocar danos em nossas bombas”, explica o diretor do Departamento de Operações do Sistema de Esgotamento Sanitário, Anderson Amorim.
“Devido a estes materiais sólidos que vão parar na rede, nas estações elevatórias que foram reformadas instalamos um sistema com triturador, que elimina o lixo e partículas que poderiam interferir no funcionamento das bombas e que é uma alternativa à grade de retenção que tem de ser limpa constantemente para retirada de resíduos”, completa o diretor.
As redes de água pluvial e de esgoto são sistemas que precisam funcionar separadamente. Nas casas, o normal é que as calhas conduzam a água da chuva para as guias nas ruas, de onde segue para as bocas de lobo e galerias e, na sequência, até os córregos e rios da cidade. É fundamental ao morador verificar a situação nas residências e providenciar, o quanto antes, a separação dos sistemas, caso eles estejam ligados.
Treinamento
Além da experiência em sistemas de esgotamento sanitário, os servidores da autarquia que atuam na limpeza de elevatórias passaram por treinamento de segurança e saúde em espaços confinados, de acordo com a Norma Regulamentadora 33, prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Entre essas medidas empregadas nesses locais, estão a garantia de acesso, ventilação e monitoramento contínuo da atmosfera do espaço.